Crítica-Disco: Tom Misch vai de soul-pop simpático na estreia, Geography

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Tom Misch é hoje um dos produtores mais populares do Reino Unido e a grande abrangência de ritmos com que trabalha é seu grande diferencial. Mas sua seara é mesmo o R&B, soul e hip-hop, que servem de inspiração para sua gama de batidas. Seu disco de estreia, Geography, que sai pelo seu selo independente Beyond The Groove, mostra que ele agora já está pronto para se reinventar como um pop star.

Misch aposta em um pop funkeado, quase jazzístico para esse trabalho, que conta com participações interessantes, como o De La Soul (na ótimo “It Runs Through Me”) e GoldLink em “Lost In Paris”. Dono de uma voz cujo timbre se aproxima do soul mais sexy, mas ainda um pouco limitada em alcance e variações, Misch não consegue superar essa limitação com saídas mais inovadoras.

O resultado é um disco que soa monótono e sem muita novidade na maior parte do tempo. A sua habilidade de artista multi-instrumental se destaca muitas vezes, é verdade, fazendo desse trabalho algo divertido, escapista. Mas o R&B/Soul vive uma fase prolífica, rica e desafiadora, oposto ao que vemos aqui.

TOM MISCH
Geography
[Beyond The Groove, 2018]

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