Crítica – Disco: Leonardo Marques | Curvas, Lados, Linhas Tortas, Sujas e Discretas

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Foto: Ludmila Azevedo/Divulgação.
Foto: Ludmila Azevedo/Divulgação.
Foto: Ludmila Azevedo/Divulgação.

Segundo disco de Leonardo Marques segue a trilha do indie-folk melancólico

O mineiro Leonardo Marques, da banda Transmissor, lança seu segundo trabalho solo apostando no folk rock. Curvas, Lados, Linhas Tortas, Sujas e Discretas é uma espécie de trilha afetiva e incrivelmente íntima que segue a trilha de bardos igualmente solitários como José Gonzalez, Nick Drake, Eliott Smith, entre outros.

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O disco é lânguido e delicado, com faixas cantadas ao nível quase do sussurro. O tom introspectivo é levado por um instrumental delicado e meticuloso, todo executado por Marques. E são muitos instrumentos: piano, banjo, violão, guitarra, percussão, mellotron e outros. Apenas a bateria foi assinada pelo colega Pedro Harnan.

A trama escondida nas elegias de Marques fala de um garoto saído de sua terra natal bucólica para a cidade grande. Essa história de inadequação e superação, já contada tantas vezes, encontrou a trilha perfeita nesse segundo disco do músico. Para arrematar, a obra traz ainda uma regravação de “Um Girassol da Cor do Seu Cabelo”, dos conterrâneos Milton Nascimento e Lô Borges. [Paulo Floro]

leonardoLEONARDO MARQUES
Curvas, Lados, Linhas Tortas, Sujas e Discretas
[La Femme Qui Roule, 2015]

7,5