Crítica – Disco: Dani Black | Dilúvio

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Depois de fazer sucesso como compositor para vários nomes de sua geração, o músico Dani Black vem se firmando como cantor. É o que mostra seu segundo trabalho, Dilúvio, um registro cheio de boas ideias onde a poeticidade da letras são tão importantes quanto o impacto sonoro dos arranjos.

Este é o segundo disco de Black, que lançou o primeiro trabalho homônimo pela Som Livre em 2011. À época não alcançou a mesma repercussão que este. Depois de fazer canções para Elba Ramalho, Ney Matogrosso, Maria Gadu e Pedro Mariano, ele agora tem como maior objetivo deixar sua personalidade mais à tona. O registro tem ótimos momentos como “Seu Gosto” e “Areia”.

O disco peca, porém, por ainda caminhar em águas paradas do pop nacional. Colocado lado a lado na ebulição criativa e inovadora pela qual vive o cenário nacional, Dani Black soa conservador e casuísta demais. Até a temática soa preguiçosa, em geral tratando de desilusões amorosas e relacionamentos.

Dilúvio foi produzido por Black e Conrado Goys e chama atenção por sua sofisticação e arranjos que buscam destacar Black como um ótimo cantor além de seu reconhecido talento como compositor. Mas ainda está distante do melhor da safra.

Ouça:

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