Crítica: Bonde do Rolê | Tropicalbacanal

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Novo disco do Bonde do Rolê traz um baile funk mais limpinho e sofisticado

A banda brasileira Bonde do Rolê viveu uma sobrevida de relevância no ano passado, quando começou a divulgar detalhes do seu novo disco, o primeiro depois da saída de sua vocalista, Marina Vello, e das brigas que encerraram uma trajetória de sucesso, com participação em circuito de festivais internacionais e atenção da mídia especializada. Com participação do produtor e entusiasta Diplo, eles soltam agora o Tropicalbacanal, álbum bem mais eclético e sofisticado que a explosão do anterior, With Lasers.

Com um gás renovado e ideias mais interessantes, eles exploraram o estilo baile funk com misturas que vão do punk, sertanejo e até uma participação de Caetano Veloso (na infame “Baby, Don’t Deny It”, versão de “Babydoll de Nylon”, de Robertinho do Recife). Há momentos que apelam para hits nas pistas no futuro, como “Bang”, com participação dos rappers do Das Racist e “Brazilian Boys”, com Ce’Cile. Outras já conhecidas, “Kilo” e “Arrastão”, confirmam o carisma. O grupo, no entanto, perde um pouco no elemento surpresa que tomou de assalto o cenário pop quando apareceram.

Sem o tom despretensioso, esse trabalho mais sofisticado tem menos força. O Bonde do Role continuam divertidos, claro, mas nem os palavrões, as rimas cheias de baixaria e os figurinos extravagantes nos deixam de lembrar que eles agora se levam um pouquinho mais a sério. [Fernando de Albuquerque]

BONDE DO ROLÊ
Tropicalbacanal
[Mad Decent, 2012]

Nota: 6,0

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