Rec Beat – Segunda: Céu brilha mais do que seu bolerinho de paetés

4361594087 ec1204b902 b

4361594087 ec1204b902 b

Por Rafaella Soares, repórter da Revista O Grito!. Fotos Caroline Bittencourt

A terceira noite do Rec Beat, nesta segunda (15), deixou para empolgar mesmo na última atração. Com shows pontuais e bandas bem distintas entre si, a grande – e aguardada – estrela da noite foi mesmo Céu.

Antes, Diversitrônica (PE) fez um som que caberia melhor talvez na Tenda Eletrônica, se esta fosse um espaço mais voltado para o que propõe e não discotecagem de DJ’s. As pessoas ainda estavam chegando. É bom, mas ficou solto no todo porque não teve uma continuidade com o que tocou depois.

Stela Campos (SP), talvez tenha sido um pouco superestimada, pois sua história cruza com a da cidade – uma composição sua foi gravada por Chico Science quando ela ainda vivia em Recife – e há dez anos não tinha estado em Recife. De qualquer forma, na hora de “Mustang Bar”, um casal protagonizava cenas de romance explícito, deixando aturdidos quem estava por perto, como se fosse uma intervenção calculada para a música.

A essa altura já havia bastante gente, o que favoreceu a Ojos de Brujo quando entrou. A banda espanhola botou todo mundo pra dançar sem descansar com sua cumbia flamenca.

Na hora prevista, após a introdução da vinhetinha “Sobre o amor e seu trabalho silencioso”, Céu já tinha umas milhares de pessoas esperando, e a plateia na mão.

Voz rouca, atitude sexy – sem que isso em qualquer momento seja óbvio, com cadência na presença de palco, ela desfilou hits como “Comadi”,  “Bubuia”, “Cangote”, “Malemolência”. A participação especial de Guizado foi outro plus. Nem precisava. Nova na idade e com uma carreira relativamente curta, Céu prova que não precisa de alarde para trilhar uma carreira bacana.