Backstreet Boys no Recife: histeria, nostalgia e boa forma

backstreet
Foto: Milenna Gomes/Divulgação.
Foto: Milenna Gomes/Divulgação.
Foto: Milenna Gomes/Divulgação.

Nostalgia vende
No Recife, Backstreet Boys mostraram porque são a melhor boyband de todos os tempos e dançaram como há 22 anos – ainda que em ritmo menos acelerado

Por Marta Souza

Passava um pouco depois das 22h do último sábado (6) quando A. J. McLean, Howie D., Nick Carter, Kevin Richardson e Brian Littrell subiram ao palco da capital pernambucana, primeira cidade da América do Sul a receber a turnê mundial In A World Like This. É a segunda vez que o grupo chega à cidade – a primeira foi em 2011, com a banda já inativa. Apesar do calor que fazia no Chevrolet Hall, que teve pista e front stage lotados, os presentes não se decepcionaram com a apresentação do que ainda podemos chamar de”garotos”. Cantando ao vivo e dispensando banda, as músicas foram tocadas no estilo karaokê com o auxílio de um DJ.

Com idade entre 35 e 43 anos, os músicos mostraram bom preparo físico e versatilidade durante todo o show, que durou cerca de duas horas. A banda conseguiu driblar o preconceito da idade e dos revivals. Simpáticos, eles dançaram quase como há 22 anos atrás, mas num ritmo menos acelerado, interagiram bastante com a plateia e foram inteligentes em renovar a apresentação entre as famosas coreografias e performances com instrumentos musicais durante as baladinhas. Algumas até ganharam versões acústicas com A.J na percussão, Kevin no teclado, Howie no baixo e Brian e Nick nos violões, fazendo desta apresentação melhor elaborada do que a primeira vez que eles visitaram a cidade, em 2011.

“Quero que hoje vocês voltem aos 15 anos e percam a voz. Nós amamos o Brasil”, disse Nick. “Vocês estão dispostos a nos acompanhar por mais 22 anos?”, perguntou Brian, que recebeu um claro e alto “yes” da multidão. A.J confessou que as mulheres brasileiras são as mais bonitas do mundo. “Isso é injusto com os outros países”, brincou. Para descontrair, Howie mostrou que sabe muito mais da língua portuguesa do que “obrigado” e “boa noite”. “Bunda é ‘ass’ em inglês”, disse arrancando risadas do público. Kevin, que na passagem dos Backstreet Boys há quatro anos ainda não havia retornado ao grupo, disse que estava com saudades do país e prometeu uma noite inesquecível.

O repertório contemplou todas as fases da carreira da boyband mais bem sucedida de todos os tempos. Todas as canções foram cantadas, para não dizer berradas, pelos fãs nostálgicos. Destaque para os hits “The Call”, “Quit Playing Games With My Heart”, “All I Have to Give”, “As Long As You Love Me” e “I Want it That Way”. Eles, que começaram o show com ternos azuis royal, acabaram se rendendo ao calor pernambucano e trocaram o figurino por roupas mais leves. No Bis, homenagearam o país vestindo camisas da seleção brasileira para cantarem “Everybody (Backstreet’s back)” e “Larger Than Life”, últimas da noite.

Os BSB ainda fazem mais sete shows no Brasil em junho: Rio de Janeiro (8 e 11), Belo Horizonte (9), São Paulo (12, 13 e 14), e Porto Alegre (15).