Adeus a George Michael, gênio do pop

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Todos os grandes ídolos do pop no século 20 estão indo embora em um espaço relativamente curto de tempo. Desta vez foi George Michael, uma das metades da dupla Wham! que se tornou um dos maiores hitmakers da história. Seu dance pop e seu cancioneiro romântico venderam mais de 100 milhões de discos ao redor do mundo.

O músico britânico morreu nesse domingo (25) aos 53 anos, “pacificamente em sua casa”, como disse um comunicado oficial. À imprensa, a família pede respeito pela privacidade e diz que não dará mais detalhes sobre a morte do cantor.

A morte repentina de George Michael teve o mesmo impacto da partida de outros ídolos do pop como Michael Jackson e Prince. Tornou-se ícone sexual e fashion dos anos 1990 quando uniu o soul ao dance em seu início solo de faixas como “Faith” e “Freedom! ’90”.

Foi da geração de astros da MTV quando a emissora tinha o domínio da exploração audiovisual da música pop. E ele fez bonito: cada clipe era mais cool que o outro. Ganhou o Vanguard Award do VMA e recebeu o prêmio das mãos de ninguém menos que Madonna.

Um pouco antes dos anos 2000, Michael tinha dado um tempo na carreira e aparecia apenas relacionado a algum “escândalo”, como quando foi pego fazendo sexo com outro homem em um banheiro público. Acabou aproveitando o episódio para voltar aos holofotes com o clipe de “Outside”, seu jeito histriônico e debochado de assumir de vez uma homossexualidade que já era, de alguma forma, sabida por todos.

No legado musical, George Michael tem como maior mérito ter avançado algumas casas no entendimento que todo astro deve ter sobre a junção de som e imagem. Seus clipes não só são marcos do formato como ajudam a compreender a época em que foram feitos. Ele também é lembrado por ter sedimentado o caminho dos artistas britânicos que investiam na influência do soul e funk americano (no caso dele mesclado ao synthpop e new wave). Hoje temos nomes como Adele, Sam Smith e outros bebendo nesta mesma fonte.

https://www.youtube.com/watch?v=lu3VTngm1F0

Mas foi seu talento como compositor de hits o seu maior forte. “Careless Whisper”, escrita por ele aos 17 anos, um marco do pop-chiclete. Gruda no ouvido à primeira audição e tem potencial de tomar as paradas de sucesso até hoje. O disco Faith (1987), também produzido por ele, teve uma escalada de hits: “I Want Your Sex”, “Faith”, “Father Figure”, “One More Try” e “Kissing a Fool”. Com Listen Without Prejudice Vol. 1 vieram “Freedom!’ 90”, “Heal The Pain”, “Cowboys and Angels”, “Waiting For The Day” e “Praying For Time”.

Gênio do pop, sua presença fará falta e seu legado vai ser sentido ainda por um bom tempo.

https://www.youtube.com/watch?v=teLSLs3BJoc